Já faz parte da rotina dos proprietários de veículos: todo início de ano o pagamento do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) entra no orçamento de milhões de brasileiros.
E com essa responsabilidade também surgem as dúvidas: qual a melhor maneira de pagar o imposto? Será que sou apto para a isenção? Se eu não pagar sofro algum dano?
Para te ajudar a resolver todas essas questões, desenvolvemos um conteúdo especial com todas as informações necessárias para você se organizar com o IPVA. Vamos lá?
O que é o IPVA?
É o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O valor é cobrado anualmente de todos os proprietários de veículos, e varia de acordo com cada estado.
Para que serve o IPVA?
Ao contrário do que muita gente imagina, o valor recolhido do IPVA não é apenas destinado à construção e manutenção de estradas. Quase metade do valor (40%), vai para o município de onde o veículo está registrado, e outros 20% vai para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica.

Qual o valor do IPVA para 2026?
O valor do IPVA 2026 ainda vai variar conforme o estado, o tipo de veículo e o valor venal (preço médio de mercado definido pela tabela Fipe). No entanto, podemos dizer que o imposto deve ficar mais leve para boa parte dos motoristas brasileiros, especialmente no Paraná, que anunciou a menor alíquota do país.
Para entender quanto você vai pagar, é só aplicar a fórmula clássica:
Valor do IPVA = Valor venal do veículo × alíquota do estado.
Vamos para um exemplo prático:
Se o seu carro vale R$ 50.000 e a alíquota do seu estado é 3%, o IPVA será de R$ 1.500.
Como mencionamos anteriormente, o valor do IPVA varia por região. Mas se quiser saber quanto você irá pagar exatamente, acesse o site da Secretaria da Fazenda do estado onde você mora e confira o valor atualizado do seu veículo.
Leia mais: Saiba tudo sobre apreensão de CNH por dívida em 2025
Como consultar o IPVA?
O IPVA pode ser consultado de forma totalmente online e gratuita. Existem dois canais para a consulta:
- no site do Departamento Estadual de Trânsito (Detran)
- na plataforma da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz)
Como o IPVA é um imposto de responsabilidade Estadual, é necessário acessar o site correspondente ao local onde você está. Cada estado possui um tipo de calendário de pagamento do IPVA, e a maior parte dos prazos são estipulados de acordo com a numeração final das placas dos veículos.
Após acessar a página correspondente ao IPVA, basta inserir o RENAVAM do veículo para realizar a consulta. A consulta mostra o valor do imposto, as alíquotas e os descontos para pagamento à vista.
Como faço para pagar o IPVA?
As formas de pagamento do IPVA são determinadas por cada estado. Em alguns é possível fazer o parcelamento, já em outros estados o valor deve ser pago de uma só vez.
Como se planejar para pagar o IPVA?
Já que você já sabe que o IPVA é um débito que terá que pagar todo o começo de ano, a melhor coisa que você pode fazer é se planejar. Confira algumas dicas:
- Faça uma reserva para o IPVA
Reserve uma parte do seu salário todo mês para o IPVA. Você pode guardar pequenas quantidades durante o ano em uma conta poupança, ou até mesmo em um investimento de baixo risco e de fácil resgate.
- Reserve um pouco do seu décimo terceiro
Se você é assalariado, provavelmente recebe o décimo terceiro todo final de ano. O que você pode fazer é guardar um pouco do valor e de outros rendimentos típicos do ano. Ah, e lembre-se de não exagerar nas compras e festas de final de ano.
Como calcular o valor do IPVA?
É calculado baseado no valor venal do veículo na tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e multiplicado pela Alíquota do estado (valor venal X alíquota).
Paraná reduz 45% e terá IPVA mais barato do país
O Paraná saiu na frente e surpreendeu os motoristas: a partir de 2026, o estado terá a menor alíquota de IPVA do Brasil. A nova lei reduz a cobrança de 3,5% para 1,9% sobre o valor do veículo — uma queda de 45%. Isso significa uma economia significativa para quem tem carro, moto ou caminhão registrado no estado.
Na prática: um veículo de R$ 60.000 que pagava R$ 2.100 de IPVA passará a pagar R$ 1.200.
O objetivo, segundo o governo estadual, é estimular a economia e aliviar o bolso dos motoristas, além de incentivar a regularização do imposto. A redução coloca o Paraná à frente de outros estados, que ainda aplicam alíquotas entre 3% e 4%, em alguns casos, até mais.
Quem tem isenção do IPVA?
Assim como as formas de pagamento do IPVA sofrem alterações de estado para estado, o mesmo acontece com a isenção. Ou seja, cada estado tem suas próprias listas que definem a isenção.
No entanto, algumas categorias são isentas de pagar o IPVA em todos os estados, sendo elas:
- taxistas;
- pessoas com deficiência com veículos adaptados;
- igrejas;
- entidades sem fins lucrativos;
- veículos oficiais;
- ônibus e micro-ônibus urbanos.

Para ter acesso às informações referentes às isenções, acesse o site da Secretaria da Fazenda do Estado.
Quais carros não pagam IPVA em 2026?
Nem todo mundo precisa pagar o imposto, e essa é uma dúvida muito comum. Em 2026, continuam isentos do IPVA:
- Veículos antigos, com mais de 20, 25 ou 30 anos de fabricação (dependendo do estado);
- Veículos de pessoas com deficiência (PcD), conforme as regras locais;
- Táxis, veículos oficiais e de instituições religiosas;
- Carros elétricos ou híbridos, em alguns estados que oferecem incentivos fiscais, consulte todos aqui.
Ou seja: o critério da idade do veículo e o tipo de uso ainda são os principais fatores que determinam quem fica livre do imposto.
Vale lembrar que cada estado tem suas próprias regras de isenção, então é importante consultar o site da Secretaria da Fazenda ou Detran local para saber como funciona no seu caso.
Dica: se você comprou um carro usado e quer saber se ele ainda paga IPVA, é só verificar o ano de fabricação e o estado de registro. Em muitos casos, modelos dos anos 1990 e 2005 já estão livres da cobrança.
Qual o melhor jeito de pagar IPVA? À vista ou parcelado?
Muitos questionam se vale, de fato, realizar o pagamento à vista. Levando-se em conta que o abatimento não é tão grande, surge a dúvida se desembolsar o dinheiro de uma só vez é a melhor opção.
Embora os descontos não sejam de porcentagens extremamente significativas, pagar o IPVA à vista pode ser a melhor alternativa para o motorista que tem um dinheiro guardado ou mesmo aplicado. Isso porque, com o pagamento à vista, esse débito já é quitado e não fica pendente durante outros meses.
Sobre parcelamento e empréstimos
Não podemos esquecer que janeiro também é o mês de separar dinheiro para o material escolar e IPTU, além de uma ou outra dívida que sempre aparece. Por isso, parcelar o IPVA pode ajudar a equilibrar o orçamento e dar um alívio para os primeiros meses do ano.
É importante chamar a atenção para “empréstimos” como o cheque especial ou rotativo do cartão de crédito, que em média chegam a 8% ao mês. Roubada, né?
Se você quiser uma outra opção, ainda existe a possibilidade de recorrer a empréstimos que cobrem juros menores que o cheque especial, por exemplo. O ideal é pesquisar vários deles, e quando encontrados, comparar com os juros que o seu banco está cobrando.

Aqui todo o cuidado é pouco, pois se comprometer com uma dívida maior do que você pode pagar é dar chance para tudo isso virar uma bola de neve de débitos.
O que acontece se não pagar o IPVA?
O não pagamento do IPVA pode ocasionar multas e até mesmo a inscrição na dívida ativa. Outro ponto fundamental: sem o IPVA em dia, o motorista não consegue o licenciamento do veículo. As consequências disso? Automóveis sem licenciamento podem ser apreendidos, multados e receber pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Quando o IPVA vai para a dívida ativa?
Segundo a Secretaria do Estado da Fazenda, os débitos vencidos e não pagos relacionados ao IPVA são enviados para a inscrição na dívida ativa em até 180 dias após o vencimento.
Aqui é importante lembrar que o não pagamento do IPVA também gera restrições no CPF do proprietário do veículo. Desta forma, o acesso a crédito para empréstimo e financiamentos pode ficar comprometido.
O IPVA caduca depois de 5 anos?
Essa é uma dúvida que aparece bastante — e a resposta é sim, mas há um porém!
O IPVA é um tributo sujeito à prescrição de 5 anos, o que significa que o governo tem até cinco anos para cobrar judicialmente o valor devido.
Depois desse prazo, a dívida prescreve, ou seja, o estado perde o direito de cobrar por meio de ação judicial.
Mas atenção! Isso não quer dizer que a dívida some automaticamente dos sistemas estaduais. O débito pode continuar aparecendo em consultas do Detran ou da Secretaria da Fazenda, impedindo o licenciamento ou a transferência do veículo até que seja resolvido.
Em resumo: o IPVA caduca legalmente após 5 anos, mas na prática, você ainda pode ter problemas administrativos até regularizar (assim como qualquer dívida caduca).
Por isso, o ideal é consultar sua situação periodicamente e quitar os valores antes que virem dor de cabeça.
Conclusão
Uma coisa é certa: a melhor forma de lidar com o IPVA é se planejando. Seja para pagamento à vista ou parcelado, ou até mesmo para a isenção. Ter tudo sob controle torna o processo bem mais fácil e sem dores de cabeça.
Com esse conteúdo você já pode focar sua atenção em colocar seu IPVA em dia. E, caso você também queira colocar outras contas em dia, é só contar com nossos serviços de negociação no site da QuiteJá!