Chegamos com um assunto sério: você já reparou no aumento da cesta básica e de outros produtos essenciais? Está cada vez mais caro fazer compras. Muitas vezes, a gente gasta mais dinheiro no mercado e traz menos alimentos para casa. Complicado, né?
Isso ocorre porque economia e alimentação têm tudo a ver. Prova disso, é que o que acontece no país e no mundo acaba influenciando no valor dos alimentos que a gente consome dentro de casa. Para entender melhor essa relação, vem com a gente!
Para que a gente possa começar, vamos voltar um pouco no tempo. Está na hora de relembrar as suas aulas de história! A cesta básica surgiu em 1938, no período do governo do presidente Getúlio Vargas.
A ideia era que esse grupo de alimentos fosse balanceado, tendo em sua composição proteína, ferro, cálcio e fósforo. Além disso, a quantidade de itens foi planejada para atender as necessidades básicas de um trabalhador adulto por mês.
Quando a cesta básica foi instituída, a meta era que ela pudesse servir como base para o salário mínimo. Dessa forma, o país poderia garantir que as pessoas pudessem arcar com a alimentação básica e também com outros gastos essenciais, como moradia.
Esses são os alimentos base, mas também existem cestas com mais opções de produtos, como: sardinha, margarina, legumes, leite e achocolatado. Esses itens podem variar de acordo com a região do país.
Há também opções de cestas que incluem produtos de higiene pessoal e limpeza, como papel higiênico, sabão e creme dental.
Os alimentos tiveram um aumento mundial e aqui no Brasil também sentimos no bolso. Esse aumento aconteceu porque o valor que pagamos na nossa comida tem a ver com o que é regulado internacionalmente, em dólar.
Essa parte todo mundo já sabe: o dólar está caro. Logo, nossa comida também. Ao mesmo tempo, essa valorização do dólar faz com que seja mais vantajoso exportar do que vender alimentos em território nacional. Receita certa para somar ao aumento da cesta básica.
E claro, também não podemos deixar de mencionar a pandemia. Esse momento mundial fez com que parte da população mundial passasse a trabalhar ou ficar mais tempo em casa. Consequentemente, houve o aumento do consumo de alimentos.
Porém, ao mesmo tempo em que isso acontecia, não houve um crescimento na produção dos alimentos. Causando assim uma demanda maior do que a produção.
Todos esses fatores contribuem para o que nós vemos hoje nas etiquetas de preço do supermercado. O essencial está caro.
A inflação é um termo bastante utilizado por economistas e de forma simples significa um aumento generalizado nos preços de bens ou serviços. Nesse caso a gente precisa entender um dos tipos de inflação, a inflação de oferta.
Vamos lá, parece complicado, mas é bem fácil de entender. A inflação de oferta é aquela em que há um aumento de fatores que incidem diretamente sobre um produto – no nosso caso, os alimentos.
Ou seja, nós vimos o aumento do preço da energia e também dos combustíveis. Quando há aumento nesses dois itens há um respingo direto também no valor da produção e distribuição dos alimentos.
A energia está mais cara, distribuir os alimentos também, então esse aumento é repassado no preço final do produto. Segundo o IPCA (índice que mede a variação de preços de mercado), os preços ao consumidor subiram mais de 8% do último ano pra cá. Haja bolso, né?
E para ver isso em prática, basta olhar alguns dados do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Esses são os valores da cesta básica em algumas capitais do país em comparação entre janeiro de 2020 e junho de 2021:
Se você costuma ir semanalmente ao supermercado com certeza sabe apontar alimentos que tiveram altas expressivas. Para que a gente veja em números, segundo o IBGE, de janeiro até junho deste ano:
Com esses aumentos, não tem jeito, diversificar o nosso arroz com feijão está cada vez mais caro.
Enquanto os preços estão cada vez mais assustadores nos supermercados, o brasileiro precisa se reinventar. Para te ajudar nessa missão, criamos um conteúdo especial com truques para economizar nas compras de supermercado, são 17 dicas super práticas!
Conta pra gente, como o aumento da cesta básica e a alta nos preços altos têm afetado o seu consumo e o da sua família? Por aí, foi necessário adaptar algum alimento específico?