O mês apertou e está pensando em pagar o mínimo ou parcelar sua fatura?
Já queremos adiantar que é sempre melhor pagar o total da fatura. Pagar o mínimo é como comer só uma fatia da pizza e deixar o resto estragar. Os juros cobrados em cima do que restou da fatura são um dos maiores do mercado. É uma brincadeira que pode sair cara.
Mas caso seja realmente necessário dar um “jeitinho” na fatura, acompanhe nosso texto para entender como funciona o pagamento mínimo e se é melhor fazer ele ou parcelar a fatura.
O pagamento mínimo do cartão de crédito ou rotativo nada mais é que um recurso disponibilizado pela instituição financeira para pagar o menor valor possível até o vencimento. Assim, você não atrasa a fatura e continua com o nome limpo.
Após o fechamento da sua fatura, o banco irá calcular o pagamento mínimo considerando a soma dos seguintes valores:
Precisou pagar o mínimo da fatura, e agora? O restante da sua fatura será “empurrado” para o mês seguinte, comprometendo seu limite e com juros e multas sendo cobrados.
No mês seguinte, se você não tiver condições de pagar o total da sua fatura, você terá que negociar um parcelamento da fatura com o banco. Isso acontece porque o Banco Central proíbe o uso do pagamento mínimo em meses consecutivos. Ou seja, se você pagou o mínimo esse mês, daqui a 30 dias não pode fazer igual.
A proibição é uma forma de proteger o consumidor de uma dívida impagável, por conta do custo do crédito rotativo.
O crédito rotativo é aquele gerado quando você paga o mínimo da fatura. O valor restante que não foi pago se transforma em uma espécie de empréstimo sobre o qual são cobrados os tais juros rotativos. Eles são um dos maiores do mercado, chegando a mais de 300% ao ano em alguns casos.
Pagando metade da fatura ao invés do mínimo, o saldo sobre o qual vão ser cobrados os juros rotativos será menor, mas apenas isso muda.
Se você tinha uma fatura de R$ 1.000 e decidiu pagar R$ 500 ao invés dos R$ 150 estipulados para o pagamento mínimo, os juros serão em cima dos R$ 500 restantes, e não dos R$ 850 da outra opção.
Por isso, nossa dica é: se não tem jeito e você não vai conseguir pagar a fatura total, sempre pague o máximo que você puder, assim o prejuízo será menor.
Depende. Pagando o mínimo do cartão, seu limite ficará comprometido e com os juros do rotativo, na fatura seguinte pode parecer que não adiantou “nada” pagar o mínimo na anterior.
Mas se você precisa ganhar tempo para pagar a fatura e sabe que será capaz de arcar com ela no mês seguinte, pode ser uma boa ideia em situações de emergência. Além disso, isso previne a negativação e o bloqueio do cartão de crédito.
Para não precisar pagar o mínimo do cartão de crédito e nem deixar de pagar a sua fatura, existem duas opções:
Mais uma vez, depende. Vamos te explicar os prós e contras de parcelar a fatura.
O parcelamento tem taxa de juros fixa e menor que a do rotativo, além de te dar um prazo maior de pagamento. Porém, o limite do seu cartão fica bloqueado e só é liberado conforme você vai pagando as parcelas.
Se você atrasar o pagamento de alguma das parcelas, isso pode causar o cancelamento deste acordo. Isso pode negativar seu nome e cancelar seu cartão. Nesse caso, será preciso negociar um novo acordo de parcelamento, e os juros e condições de pagamento podem ser piores.
Entretanto, se durante o parcelamento você puder antecipar parcelas, você terá descontados os juros.
Além disso, se você vai parcelar o saldo do rotativo depois dos 30 dias limites, avalie se realmente não é possível quitar a dívida, ou você acabará pagando juros do rotativo mais os do parcelamento.
No fim, o mais importante é colocar as contas na ponta do lápis para entender o que vai ser mais vantajoso para você.
Como falamos, tudo fica mais claro quando calculamos e botamos os valores na ponta do lápis. Vamos te mostrar como calcular os juros do cartão de crédito, tanto os rotativos, como os de parcelamento e atraso do pagamento da futura.
Após o pagamento mínimo serão cobrados os juros rotativos. Para saber se você conseguirá pagar o valor na próxima fatura, siga os seguintes passos para fazer o cálculo:
Para facilitar, criamos um exemplo. Imagine que a sua fatura veio no valor de R$ 1.000 e você pagou só o mínimo de 15%, ou seja, R$ 150. Restaram R$ 850 para o mês que vem e a taxa de juros do rotativo é de 13%.
Operação | Como calcular | Total |
Juros do rotativo | 850 x 0,13 | R$ 110,50 |
IOF mensal | 850 x 0,0038 | R$ 3,23 |
IOF diário para 30 dias | 850 x 0,000082 x 30 | R$ 2,09 |
Valor a pagar no próximo mês | 850 + 110,50 + 3,23 + 2,09 | R$ 965,82 |
E aí? Só para “empurrar” o resto da fatura para o mês seguinte, você precisará desembolsar mais R$ 115,82, quase o valor do pagamento mínimo. Por isso é muito importante fazer essa escolha só quando for necessário.
E se você optar pelo parcelamento? O cálculo de juros é mensal e vem incluso no valor das parcelas da negociação que o banco oferece. Nesse caso, é preciso avaliar a viabilidade de pagar as parcelas e se os juros acumulados não são muito altos. Você sempre pode usar a Calculadora do Cidadão, do Banco Central, para isso.
Vamos dar um exemplo. Se a sua fatura é de R$ 1.000, como no exemplo anterior, e for oferecido um parcelamento em 12 x de R$ 119,28, a uma taxa de juros mensal de 6%, o total pago em juros será 12 x 119,28 – 1.000 = R$ 431,36.
Usamos o mesmo valor de fatura para você poder comparar com o exemplo do pagamento mínimo.
O valor dos juros é maior, mas ao invés de pagar R$ 115,82 de uma só vez, você terá 12 meses para pagar R$ 431,36, o que equivale a R$ 35,95 por mês.
Se é uma emergência que você consegue resolver no mês seguinte, use o pagamento mínimo, se não, vá de parcelamento.
E se você não pagar nadinha da sua fatura? Aí entram em cena os juros compostos, nos quais são calculados juros sobre juros, o que pode sair bem caro para o seu bolso. Aqui está tudo que você precisa calcular para saber o que terá que pagar pelo atraso:
Vamos de exemplo para descomplicar isso?
Você tem uma fatura de R$ 1.000 e atrasou ela por 30 dias. A taxa de juros do rotativo será a mesma do outro exemplo, de 13% ao mês.
Operação | Como calcular | Total |
Juros do rotativo para 1 mês | 1.000 x (1 + 0,13) ^ 1 – 1.000 | R$ 130 |
Valor da multa | 1.000 x 0,02 | R$ 20 |
Juros de mora para 30 dias | 1.000 x (0,01 / 30) x30 | R$ 10 |
IOF mensal | 1.000 x 0,0038 | R$ 3,80 |
IOF diário para 30 dias | 1.000 x 0,000082 x 30 | R$ 2,46 |
Valor a pagar depois de 30 dias | 1.000 + 130 + 20 + 10 + 3,80 + 2,46 | R$ 1.166,26 |
Nesse exemplo, no final você pagará R$ 166,26 de juros, impostos e multas. Se pensarmos no que você desembolsaria no caso do pagamento mínimo, pode até parecer mais vantajoso atrasar a fatura. Mas não esqueça que o atraso negativa seu nome e você corre o risco de perder a linha de crédito. É preciso colocar tudo isso na balança e buscar pagar o valor total da fatura para não ter que pagar nada a mais.
Se as coisas saíram do controle e você atrasou a fatura, pague o quanto antes ou parcele ela, já que o parcelamento tem a menor taxa de juros e você entra em um acordo com o banco. Assim, seu nome sai de negativação e você não corre o risco de perder seu cartão por completo.
A resposta simples e óbvia é pagar a fatura em dia, sem depender de pagamento mínimo ou parcelamento. Para garantir que isso aconteça, siga esses 4 passos.
Anote e entenda muito bem seus gastos, para saber para onde está indo seu dinheiro e poder gerenciar ele melhor ao longo do mês. Assim, você pensará duas vezes antes de usar seu cartão de crédito em uma compra.
Com os seus gastos planejados, é hora de cortar as despesas desnecessárias que são os gatilhos para uma fatura de crédito alta que você não consegue pagar. Lembre-se que, muitas vezes, os vilões do seu dinheiro são os pequenos gastos, e não os grandes.
Tem mais de um cartão de crédito ou um só, mas com condições e juros abusivos? Para ter as finanças em dia, tenha um cartão que facilite a sua vida e cancele os demais. Assim fica mais fácil de manter as faturas em dia.
Quer realizar algum projeto ou sonho que precisa de mais dinheiro? Defina isso como um objetivo e evite gastos supérfluos para poupar dinheiro e não precisar recorrer a parcelas impossíveis de pagar.
Resolva suas pendências financeiras, principalmente as dívidas em atraso. A QuiteJá pode te ajudar nisso. Somos uma empresa de negociação de dívidas online. É só acessar nosso site, consultar nossas propostas para o seu CPF e escolher ou simular a proposta ideal para você!
Esperamos que agora você saiba escolher entre o pagamento mínimo e o parcelamento quando o cartão de crédito sair do controle. Mas queremos deixar claro que o melhor é sempre pagar o total da fatura, pois as duas opções vão sair caro para o seu bolso.
E se a fatura atrasar, não é o fim do mundo. A QuiteJá está aqui para te ajudar a negociar e sair do sufoco.