Quem assistiu o documentário O Golpista do Tinder, da Netflix, já deve saber um pouquinho do que se trata esse conteúdo. Hoje vamos falar sobre golpes em aplicativos de relacionamento.
E olha, a gente não está falando das pessoas que abusam dos filtros e na vida real não se parecem muito com as fotos dos apps, tá? Aqui os golpes são coisa séria e envolvem dinheiro, extorsão e pressão psicológica.
Se você costuma utilizar apps de namoro, vale a pena ler esse conteúdo com cautela e descobrir como se proteger. Vamos lá?
Atualmente, é possível fazer de tudo pela internet, não é mesmo? Inclusive, encontrar potenciais pares românticos. O que é ótimo, mas é necessário sempre estar de olho nas atitudes e comportamentos das pessoas na internet.
E embora pareça “coisa de filme”, infelizmente, é muito comum que golpistas criem perfis falsos como meio de atrair vítimas e aplicar golpes financeiros.
Por aqui já falamos dos golpes do WhatsApp, golpes do PIX e também do golpe do boleto falso. Agora chegou a vez de saber como se proteger dos golpes financeiros e emocionais que podem ser aplicados através dos apps de relacionamento.
Segundo uma pesquisa realizada pela PSafe, mais de 22 milhões de brasileiros já caíram em algum tipo de golpe aplicado pela internet. Para ficar de fora desse número, aprenda quais são os tipos golpes amorosos mais comuns:
Chamado também de estelionato amoroso, nesse golpe o criminoso abusa da confiança da vítima, construindo uma relação afetuosa para, em seguida, obter algum tipo de vantagem ilícita.
O estelionatário age explorando os sentimentos da vítima, usando de manipulação ou coação para ter acesso a dinheiro, imóveis, documentos pessoais e outros tipos de bens.
Esse tipo de golpe tem ações sempre tão parecidas que essas táticas ganharam até um nome: love bombing – em tradução livre “bombardeio amoroso”. Isso porque a aproximação entre o criminoso e a vítima é feita de forma muito intensa e rápida.
Dessa forma, muitas vezes, as pessoas não conseguem enxergar o que realmente está acontecendo, pois estão muito envolvidas emocionalmente. E aí, com o passar do tempo, pedidos de transferências bancárias, abertura de conta conjunta e dinheiro emprestado começam a surgir. Cilada!
Também chamado de sextorsão, nesse golpe, os criminosos alegam ter vídeos/gravações de conteúdo sexual ou fotos íntimas da vítima e exigem dinheiro para não divulgá-las.
A aplicação desse golpe pode ser feita por alguém em um app de relacionamento, mas também pode ser aplicada por completos desconhecidos que podem sugerir ter invadido seu computador ou celular.
Imagina só que loucura saber que um conteúdo privado pode ser divulgado na internet? Com esse risco iminente muitas vítimas acabam cedendo e pagando a quantidade de dinheiro solicitada pelos golpistas.
Quem foi adolescente em meados de 2013 provavelmente vai lembrar de ver um programa na MTV com esse mesmo nome. E sim, esse golpe continua sendo muito utilizado por criminosos até hoje.
O Catfish acontece quando um golpista se passa por uma terceira pessoa com o intuito de enganar a vítima. Por exemplo, um criminoso cria o perfil de um homem atraente, simpático e interessante nos aplicativos de relacionamento com a intenção de se passar por aquela pessoa.
Ou seja, é pura enganação – desde as fotos utilizadas até as demais informações repassadas. E, como nos demais casos de golpe, a intenção é obter vantagem financeira.
Quem imaginava que no futuro a nossa vida seria como no desenho animado Os Jetsons, não contava com o uso de robôs para aplicar golpes em aplicativos de relacionamento!
Os bots, que são robôs automatizados, nessa situação são programados para simular ações humanas. O trabalho deles é dar match com pessoas e logo após enviar mensagens acompanhadas de links suspeitos.
E adivinha só? Esses links são usados como iscas para roubar dados pessoais e informações de pagamento das vítimas.
Entre as ciberameaças não podemos deixar de falar da perseguição ou stalking. O stalk para saber um pouquinho mais da vida de alguém é até comum nos dias de hoje. O problema é que tem gente que faz isso com intenções ruins, muito ruins.
Para você ter uma ideia, existem mais de 200 tipos de aplicativos com funções que servem para perseguição! Entre as ações realizadas por esses apps estão revelar a localização de uma pessoa e até mesmo acionar câmeras remotamente.
A partir desses crimes de invasão de privacidade outros podem vir a ser efetuados, como coação psicológica e até mesmo agressão física. E, infelizmente, os criminosos encontram nos aplicativos de relacionamento um terreno fértil para praticar esses delitos.
Neste tipo de golpe, é planejada uma viagem com a vítima, mas depois o golpista cancela o encontro, alegando estar com problemas e pede ajuda financeira.
A vítima, apaixonada, deposita dinheiro na conta do golpista, e depois ele desaparece, não respondendo mais às mensagens e ligações da vítima.
Por isso, é importante sempre desconfiar de solicitações de dinheiro à distância, especialmente de contatos recentes. Lembre-se, todo cuidado é pouco!
A palavra scammer vem do inglês e significa golpista. Nesse caso, mais especificamente scammers são perfis criados com o intuito de aplicar golpes e fraudes online.
Ok, mas e como saber se uma pessoa é scammer? Existem alguns comportamentos online que podem denunciar que alguém está tentando tirar vantagem de você. Aqui estão formas de verificar se alguém é “de verdade”:
Além das dicas acima, você também pode utilizar alguns sites que disponibilizam informações importantes:
Vale lembrar que, com cuidado e cautela, você pode aproveitar aplicativos para desenrolar paqueras, romances e quem sabe até um casório!
Esse texto tem como objetivo justamente garantir que você saiba se defender de golpes em aplicativos de relacionamento e possa dar “matchs” com maior segurança. Não precisa, necessariamente, deixar de utilizá-los. Combinado?
Fique sempre alerta e a qualquer dúvida sobre as intenções de uma pessoa, lembre-se das dicas que ensinamos aqui. Bom flerte! ?