Muitas pessoas não sabem, talvez você também não saiba, mas é possível adquirir um automóvel com dividas para assumir.
É verdade que, nesses casos, a burocracia e quantidade de papelada é um pouco maior que nas situações mais comuns – quando a negociação tem o objetivo de um carro zero ou usado.
Porém, do ponto de vista financeiro, comprar um veículo nessas condições pode representar uma boa economia para o novo dono.
Destacamos neste texto alguns passivos comuns, explicando cada uma das situações e as vantagens e desvantagens de assumir um veículo com dívida.
Vamos lá!
Mas antes, para não restar qualquer tipo de dúvida:
Veículos com dívidas são aqueles nos quais os donos não conseguiram honrar determinados pagamentos. Por isso, quando esse carro é posto à venda – normalmente com valor abaixo do praticado no mercado – existe uma negociação para que o novo proprietário fique responsáveis das nova dívidas.
Quando há prestações em atraso, o comprador assume os pagamentos assim que a transferência de propriedade é concluída.
O ideal é que o futuro proprietário do carro vá até o banco responsável pelo contrato do financiamento.
Desta forma, poderão ser tiradas todas as dúvidas que ainda restam e questões que necessitem de mais esclarecimentos – além de pegar informações sobre os pagamentos pendentes.
Tudo isso proporciona uma segurança a mais no momento de assinatura da transferência de propriedade.
A mais atrativa é, sem dúvidas, o desconto no veículo, que pode chegar até 60% se comprado no leilão. O evento é realizado pelo Detran, seguradoras e Receita Federal e a única dívida repassada para o novo dono é a do financiamento.
Isso acontece porque o valor arrecadado no leilão vai todo para quitar pendências de IPVA, multas, seguro e etc.
Existem duas questões importantes e que podem confundir os marinheiros de primeira viagem.
Sabe-se que os pontos gerados por multas de trânsito ficam atrelados ao carro do condutor em questão. Mas em relação aos pagamentos, esses são vinculados ao veículo do proprietário.
Por isso, a atenção aqui nunca é demais. Tenha em mente que os pagamentos das multas vencidas podem acabar atrapalhando a negociação.
A maneira mais prática de vendedor e comprador evitarem qualquer tipo de dor de cabeça é realizando um comunicado de venda ao Detran.
Essa etapa consta no artigo 134 do Código de Trânsito, utilizado justamente para proteção, de ambas as partes, neste tipo de operação.
Todo ano os donos de automóveis revivem a saga de pagar impostos, seguros e licenciamentos. Confira para que serve cada um deles:
CRLV: mais conhecido como “licenciamento do automóvel”, o Certificado de Registro e Licenciamento é renovado todos os anos.
DPVAT: frequentemente usado em situações de acidente de trânsito, o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres também deve ser pago anualmente.
IPVA: responsabilidade da Secretaria da Fazenda de cada estado, a cobrança a cada 12 meses do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores é obrigatória.
Qualquer dívida referente a um desses tributos precisa ser informada ao interessado em adquirir o veículo.
A mais atrativa é, sem dúvidas, o valor final – descontado das parcelas já pagas pelo antigo dono.
Como você não tem que pagar parcelas desde o começo, o preço será muito mais em conta.
Outro ponto é que, dependendo da urgência e necessidades do vendedor, você consiga pechinchar ainda mais no valor final do automóvel.
Não esqueça de consultar a tabela FIPE antes de negociar, pois os valores do carro não podem ultrapassar os que constam na tabela.
Não é incomum ter outras dívidas surgindo, além daquelas informadas, em um primeiro momento, pelo vendedor.
Pode ser que existam outros tipos de dívidas em aberto e, ainda, atreladas ao carro recém-comprado. Verifique com atenção, pois qualquer surpresa do tipo atrapalhará, e muito, a transferência do veículo.
O estado de conversação do veículo também pode ser um problema, principalmente se o vendedor não é uma pessoa conhecida.
Por isso, não sinta vergonha de perguntar e vistoriar o automóvel o quanto achar necessário.
Outro fator que deve ser considerado é que, neste tipo de transação, a quantidade de parcelas, os juros e o valor das mensalidades não tem flexibilidade para serem negociados.
Agora a forma que se desenrola as etapas mais burocráticas da compra de um carro com dívidas:
Depois de passado tudo a limpo, pese os prós e contras de todos os pontos mais importantes dessa operação.
Veja ainda a possibilidade de poupar algum dinheiro e pagar toda a dívida no momento da compra.
Comprar um carro é assumir uma dívida relativamente alta, por isso sempre pense bem se isso realmente é necessário para a sua vida e coloque tudo na ponta do lápis!
Mas se, mesmo assim, você optar pela transferência da dívida, cerque-se de todos os cuidados possíveis e bom negócio!