Todo ano surge aquela dúvida: qual (e quando) será o aumento do salário mínimo? Em 2025, o reajuste foi de 7,5%, totalizando R$ 1.518. Mas, além disso, junto ao novo valor, vem uma série de questionamentos como: o que de fato muda na vida das pessoas que recebem um salário mínimo? É possível viver com esse valor? Como ele afeta os benefícios sociais?
Neste artigo te explicamos tudo sobre o novo reajuste do salário mínimo em 2025, quais as projeções para os próximos anos e muito mais. Vamos lá!
Reajuste do salário mínimo 2025
Segundo comunicado do Governo Federal sobre o Orçamento de 2025, o salário mínimo este ano é R$ 1.518. Em vigor desde janeiro, o reajuste representa R$ 106 a mais em relação ao ano anterior, totalizando um aumento de 7,5% que superou a inflação acumulada no período.
Contudo, o valor ainda ficou abaixo do esperado — por conta das novas medidas de contenção fiscal. Se ainda fosse conforme a antiga regra (inflação do INPC + variação do PIB) o número chegaria a R$ 1.525.
Mas e daí? O valor do salário mínimo influencia diversos fatores, entre eles, os benefícios previdenciários: INSS, aposentadoria, seguro-desemprego entre outros. Por conta disso, o Governo adotou novas medidas para evitar impactos negativos em contas públicas e um maior controle orçamentário.
Quando o novo reajuste entra em vigor?
Oficialmente, o novo valor está em vigor desde o dia 1º de janeiro de 2025, como de costume. No entanto, o pagamento ocorre com um mês de “atraso” devido aos salários serem pagos no mês seguinte ao período trabalhado — sendo assim o novo valor apareceu no contracheque de fevereiro.
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Projeções de reajuste para 2026 e 2027
De acordo com o Governo Federal e o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), o salário mínimo em 2026 está previsto para R$ 1.630, com um aumento de 7,37% em relação a este ano.
O documento ainda prevê os aumentos em 2027, 2028 e 2029, que devem ser R$ 1.724, R$ 1.823 e R$ 1.925, respectivamente.

Salário bruto X salário líquido, entenda a diferença
Quem nunca olhou o contracheque e pensou: “ué, mas esse valor é menos do que eu recebo!”. Isso acontece por conta da diferença entre o salário bruto e o salário líquido, valor que realmente cai na sua conta.
O salário bruto é o valor total antes dos descontos obrigatórios, como INSS (contribuição previdenciária) e IR (imposto de renda). Já o salário líquido é o que sobra depois de tudo isso.
Se quiser entender melhor como calcular e o que influencia nesse valor, nós explicamos tudo neste texto aqui.

Qual o valor ideal para o salário mínimo?
Mas será que o salário mínimo é suficiente para viver com dignidade no Brasil? A resposta, infelizmente, é um não bem grande.
De acordo com o Dieese, o valor ideal do salário mínimo para cobrir as despesas básicas de uma família brasileira com quatro pessoas deveria ser de R$ 7.416,07 (junho/2025).
Uma diferença gritante que mostra como o salário atual está longe de cobrir todas as necessidades do dia a dia, além de ser um dos motivos pelo qual mais de 70 milhões de brasileiros estão inadimplentes.
Salário mínimo ao longo dos anos
Ao longo das últimas décadas, o salário mínimo passou por diversos ajustes, mas nem sempre com ganho real. A seguir você confere um infográfico com a evolução dos valores nos últimos 15 anos.

De onde vem o salário?
A palavra “salário” vem do latim salarium, um termo que se refere ao sal (isso mesmo, o sal de cozinha!). Acontece que na Roma Antiga, em um mundo sem geladeiras, o sal era um dos produtos mais valiosos na época, pois conservava diversos alimentos — como a demanda era alta, se tornou uma fonte de riqueza que poderia facilmente ser trocada por outros bens e serviços.
Por conta disso, por muitos séculos, acreditou-se que os próprios soldados romanos eram pagos em sal. Mas essa crença, embora popular, não possui uma comprovação histórica.
Salário mínimo no Brasil
No Brasil, o salário mínimo foi instituído oficialmente em 1940, durante a Era Vargas com o objetivo de garantir uma remuneração básica para a sobrevivência dos trabalhadores e suas famílias.
A proposta era simples, um valor mínimo que permitisse o suprimento de necessidades básicas como: alimentação, moradia, transporte, vestuário e lazer. Na época existiam 14 valores diferentes que variavam conforme a região — ele passou a ser “padronizado” apenas em 1984.
Salário mínimo no mundo
Os primeiros salários mínimos foram implantados na Nova Zelândia e na Austrália no final do século XIX. Na época, os trabalhadores solicitaram melhores condições de vida, o que levou a legislação da Austrália a apresentar a ideia do salário mínimo.
Nos anos seguintes, mais países aderiram ao salário mínimo como: França (1915), Peru (1916), México (1917), Noruega, Áustria e Argentina (1918)
A história e a adoção do salário mínimo no mundo variam conforme cada país. Em “Salário mínimo no Brasil: a luta pela valorização do trabalho” (2015), o Dieese afirma que o valor e os critérios do salário mínimo são definidos por lei e iniciativa dos poderes Executivo ou Legislativa, mas em alguns países, podem ser adotadas negociações coletivas.

Como o salário mínimo afeta os benefícios?
O salário mínimo é a base de cálculo para diversos benefícios e direitos trabalhistas. Isso inclui aposentadorias do INSS, seguro-desemprego, abono salarial (PIS/Pasep), entre outros. Quando o valor do mínimo sobe, esses benefícios também passam por ajustes.
Mas é importante lembrar que o valor líquido recebido por quem se aposenta, por exemplo, pode ser bem menor do que o valor cheio, por conta dos descontos aplicados.
Quem recebe salário mínimo tem direito ao Bolsa Família?
Depende. Como o programa tem foco em famílias em situação de vulnerabilidade econômica, ele leva em conta a renda familiar per capita, isto é, o total da renda dividido pelo número de pessoas da família.
Atualmente o critério principal para ter direito ao Bolsa Família é que essa renda seja de no máximo R$ 218 por mês.
Vamos para um exemplo: Se uma pessoa ganha um salário mínimo (R$ 1.518) e mora com seis familiares (total de 7 pessoas), a renda per capita é de R$ 216,85. Portanto, ela ainda tem direito ao benefício, pois o valor ainda está dentro do limite estimado.
Programas desse tipo são voltados para garantir um apoio financeiro às famílias que precisam, auxiliando na alimentação, saúde e educação. Por isso, é necessário avaliar sua renda total e composição familiar, para saber se você realmente tem direito ao Bolsa Família.
Leia também: Quem tem nome sujo tem direito ao Bolsa Família?
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